Algo sobre o que se chama de arte obscura. Um refúgio do mundo real e abstrações latentes em um baú.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Inflamável




Eu penso tanto e tão rápido. Na velocidade da luz.
Meu corpo não consegue acompanhar meu ritmo corrido e disforme, desastroso.
Poético.
A poesia está comigo.
Ela e eu. Nós duas temos uma história de dor e cumplicidade.

É como quando você pensa em algo totalmente insano e um cachorro solidifica seus pensamentos.
É um mistério. O mistério instiga e provoca a poesia.
A poesia é tradução. Tradução em hebraico.
 Tradução do que é intraduzível.

Ai de mim, que me sinto repreendida por mim mesma.
Sinto um nó cego retorcendo minha laringe e contorcendo os tecidos nervosos do meu corpo me fazendo escrava do meu próprio teto.

Eu ficaria aqui, a noite toda descrevendo minhas torturas internas, meus conflitos psicológicos. Mas eu tenho um defeito.
Tenho um corpo.
 E meu corpo é pouco pra mim. Eu exijo além da sua capacidade.




E eu não sou um fogo. Sou o produto inflamável mantido fora do alcance de crianças e da luz solar.
E este corpo é um extintor de incêndios.
Que branda o louco bombardeio de flores e amores.
Gritos e dores.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011




Eu sou o equívoco
Sou o caminho conduzido pelo labirinto
O caminho sem saída .. .


Losing blood







''Nunca, jamais diga o que sente. Por mais que doa, por mais que te faça feliz. 
Quando sentir algo muito forte, peça um drink.''

CFA


domingo, 25 de setembro de 2011

Precious things





É que quando a gente se sente assim, encontramos uma força que vem não se sabe de onde. 
Mesmo que falta a vontade de prosseguir, o coração busca as menores coisas que mais nos importam e joga na nossa cara.
Te faz ver que o que você tem é o que você precisa para continuar caminhando.

Que suas pobres riquezas são o seu melhor.







quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A porta aberta



Meu corpo anseia pelo que nem se sabe
Pelo que nem sabe se há
A expectativa do que está por vir - se há de vir,
 me embrulha o estômago e me faz rir
Rir de mim.
Me faz crer no que pode. No que tem poder.
Logo eu acredito que tenho o poder.
De decidir.
Mas eu decido como um macaco escolhe entre uma banana maçã e uma caturra.

sábado, 17 de setembro de 2011