Algo sobre o que se chama de arte obscura. Um refúgio do mundo real e abstrações latentes em um baú.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Depois do parque


Não me deixe aqui,
Nesse abismo profundo onde eu me enterrei

Ninguém me disse que depois do parque havia um pântano...
Um pântano tão negro e movediço,
Capaz de me sugar,
Me sugar de mim,
Me sugar do mundo

Não me deixe afundar mais ..
Não tenho mais controle de mim
Meu corpe está acorrentado

Não tenho escolhas,
Não tenho caminhos

Tenho uma corda e não consigo alcança-la
Ela está a meio metro de mim..
Não me deixe ir mais fundo

A terra esta me sugando até eu perder minhas forças
Até eu entregar o meu corpo

Não quero mais viver em parques, nem passar por eles,
Tenho medo do que possa vir depois da estrada

Tenho medo de me desfalecer novamente e não conseguir sair
Como não estou conseguindo agora

Tenho medo de não ter uma corda para me salvar, como tenho agora

Tenho medo do pântano. Ele só me entristece
Só me faz escrava de mim mesma.
Como se eu fosse uma larva de árvore que vive em função de se alimentar
Em função de sobreviver

Uma larva que tem medo da luz.
Medo da luz que vai me derreter ou me transformar em cinzas

Enquanto isso, vou roendo. Para sobreviver
Me escondendo da luz
Correndo desesperadamente no meio pântano

Me afundando
Por uma corda à meio metro de mim, meu único sustento ...

Nada mais faz diferença pra mim

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

À gosto de sangue





"Que setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos, inseguranças e azar de um agosto fodido' 
Caio Fernando de Abreu





terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

Precipício




Não contei a ninguém as minhas fragilidades.
Não contei à ninguém as minhas lamentações.
Chorei no escuro debaixo da cama. Para que ninguém acordasse para saber se eu estava bem.
Senti medo de sofrer no claro.
Ninguém me viu chorar.
E ninguém notou meu sorriso, guardado na gaveta.

Eu tive de ser forte.
Eu terei de ser forte.

Mais do que nunca, depende de mim.
Depende de eu criar uma forma para eu mesma lutar contra meus medos mais psicóticos.

E se eu não souber me guiar, me deixarei ser guiada pelo amor que habita em minha alma obscura.
Talvez assim eu tenha forças para sair do precipício onde caí.
Talvez assim eu não queira a morte por perto.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Música


Breathe No More - Evanescence            

                                                                                Letra/tradução 
I've been looking in the mirror for so long
That I've come to believe
My soul's on the other side
All the little pieces falling shattered
Shards of me too sharp
To put back together
Too small to matter, but big enough
To cut me in to so many little pieces
And I bleed
I bleed
And I breathe
I breathe no more


Take a breath and I try to turn off what my spirit will
Yet how can you refuse to drink
Like a stubborn child?
Lie to me, convince me
That I've been sick forever
And all of this will make sense when I get better
But I know the difference
Between myself and my reflection
I just can't help but to wonder
Which of us do you love


So I bleed
I bleed
And I breathe
I breathe no more


Bleed
I bleed
And I breathe
I breathe, I breathe
I breathe no more


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fuga







Até quando eu terei que ser forte?

E se eu partir, nunca mais voltarei..
Fugirei de mim.
Nunca nessa estrada me lembrei o caminho da volta. Sempre me perdi.
Mas ninguem nunca me ensinou a voltar. Então fiquei sem aprender, perdida no fim do túneo.
Eu devia ter aprendido quando brincava de pique esconde.

Era mais vivo meu mundo de sombras. Era mais quimérico. Era mais minha alma.
Lixo.

Eu nem sei cuidar de mim ...


segunda-feira, 8 de agosto de 2011




I Don't Wanna Miss A Thing

Aerosmith 

I could stay awake just to hear you breathing
Watch you smile while you are sleeping
While you're far away and dreaming
I could spend my life in this sweet surrender
I could stay lost in this moment forever
Every moment spent with you
Is a moment of treasure

Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream would never do
I'd still miss you baby
And I don't wanna miss a thing

Laying close to you
Feeling your heart beating
And I'm wondering what you're dreaming
Wondering if it's me you're seeing
Then I kiss your eyes and thank God we're together
And I just want to stay with you
In this moment forever, forever and ever

Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall asleep
'Cause I'd miss you, baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
I'd still miss you, baby
And I don't wanna miss a thing

I don't wanna miss one smile
I don't wanna miss one kiss
I just wanna be with you
Right here with you, just like this
I just wanna hold you close
I feel your heart so close to mine
And just stay here in this moment
For all the rest of time
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah!

Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall a sleep
'Cause I'd miss you, baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
I'd still miss you, baby
And I don't wanna miss a thing
Don't wanna close my eyes
I don't wanna fall a sleep
'Cause I'd miss you, baby
And I don't wanna miss a thing
'Cause even when I dream of you
The sweetest dream will never do
I'd still miss you, baby
And I don't wanna miss a thing

Don't wanna close my eyes
Don't wanna fall asleep, yeah
I don't want to miss a thing

Letra:http://migre.me/5rUu7
Video: http://migre.me/5rUv2

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Trilhos do mato


Meu braço é  forte.
 Meu peito se calejou.




Meu coração amoleceu.
Meus olhos são doces. E amigáveis
Minhas maos são mágicas. Fazem o que quero, quando quero.
Mas nem sempre quero. Nem sempre estou disposta.
Minha razão está cansada de tanto conflito. Conflitos desnecessários.
Me sinto com excesso de vida. Estou exausta de tanto ser.
As pessoas deveriam amar mais.

Enquanto o mundo não se controla,
 Eu vivo do doce gosto de minhas lágrimas,
do doce cheiro das flores
dos desenhos que formam as nuvens
estas nuvens de fumaça, mundo de sombras
O lado belo do desigual
o excepcional do óbvio

Os faróis dos carros na estrada. Ah, a estrada...
A buzina do trem que faísca nos trilhos
A lua saindo...



A beleza latente no mundo dos seres
As janelas da alma. Do coração.


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Missing (?)


A saudade volta e vem.
Volta e meia se vai.
 Saudade é bom de sentir. Sentimento que consola. Consola em saber que o que está fazendo falta está prestes a ser sentido outra vez e acabar com isso chamado saudade. Mas é uma dose de esperança.
Matar a saudade é bom. Mas sentir saudade é mágico. É a vontade de trazer de volta o momento de inocência, o momento mais infantil, mais doce, mais intenso. É inapalpável.
Sentimentos são inapalpáveis.
Saudade é o sentimento mais próximo e possível de tornar tangível o que passou desapercebido, ou mal vivido, ou talvez mais entediante, ou não. Mas aconteceu, existiu. E passou.
E agora a saudade o sente.
Como aquelas máquinas do tempo que a gente sonhava entrar quando era criança. Estranho eu me lembrar da infância agora.
Eu não queria ser heroína. Acho que eu tinha medo da responsabilidade.
Eu nem queria salvar a mim!
Minha vontade  mesmo era ser cientista (?)
A tal máquina do tempo sempre teve seu lugar em meu mundo quimérico.
As vezes esse mundo é mais perigoso que os outros. Mais sombrio e obscuro.
Ele pode ser doce como um algodão.

Estranho pensar na distância. Pensar nas distâncias.
Tudo está tão perto. E as vezes distante. Interligado também.
Estes olhos que me lêem fingem que não me vê. Mesmo sabendo que me conhece. Mais do que eu, honestamente.

Ai, mas a saudade. É diferente. É a fórmula secreta para tanger o que é intangível.

A saudade não se traduz. É diferente.